raphael

10 verdades e 3 mitos sobre os gatos

Definitivamente, os gatos não são como os cachorros. Quem nunca teve um felino na vida pode até pensar que as duas espécies, por serem os “pets” mais comuns em nossas casas, tenham muitas coisas parecidas. No entanto, é preciso tomar cuidado. São espécies bem diferentes, tanto no comportamento quanto no convívio diário. Podem ser igualmente carinhosos e se apegarem aos tutores, mas as semelhanças acabam por aí. Os gatos são animais fascinantes e enigmáticos, e ao longo do tempo, muitas ideias equivocadas e mitos foram criados sobre eles. Aqui estão 10 verdades e 3 mitos sobre os gatos! Os gatos são animais independentes e não precisam de tanta atençãoAo contrário dos cães, os gatos são animais independentes e não precisam de tanta atenção humana para serem felizes. Muitas vezes preferem a tranquilidade, mas não quer dizer que podem viver sozinhos. Precisam de enriquecimento ambiental para ter suas necessidades fisiológicas e comportamentais garantidas É importante passar algum tempo com seu gato todos os dias para fortalecer o vínculo entre vocês. São excelentes caçadores e têm instintos aguçadosOs felinos, no geral, têm visão noturna aguçada, o que lhes permite caçar com eficiência em condições de pouca luz. Além disso, seus reflexos rápidos, força e agilidade os tornam predadores eficazes de roedores, pássaros e outros animais pequenos. Os gatos são animais limpos e se dedicam à sua higiene pessoalOs gatos passam grande parte do dia dedicados à sua higiene pessoal. Eles são capazes de se lamber e se limpar, e até mesmo remover bolas de pelo do estômago através de vômitos. Isso ajuda a manter seu pelo macio e brilhante. São animais noturnosEles estão mais ativos durante o amanhecer e quando está anoitecendo. Isso ocorre porque eles são naturalmente caçadores noturnos e é mais fácil para eles caçar em condições de pouca luz. No entanto, com a devida socialização e treinamento, muitos gatos podem se adaptar ao ritmo de sono dos humanos e dormir durante a noite. São animais muito flexíveis e podem se contorcer em posições estranhasIsso ocorre porque os discos intervertebrais são muito flexíveis e o que une a coluna vertebral dos felinos é um tecido muscular, enquanto nos humanos, existem os ligamentos para cumprirem essa função. Nos gatos, essa estrutura garante a alta flexibilidade, o que lhes permite dobrar seus corpos de maneiras surpreendentes. Isso também ajuda a explicar como os gatos são capazes de saltar tão alto e se mover com tanta agilidade. São capazes de se comunicar com os humanos de várias maneiras diferentesOs gatos são capazes de se comunicar com os humanos de diversas maneiras, como vocalizações, expressões faciais e linguagem corporal. Eles usam diferentes tipos de miados para transmitir necessidades, emoções e desejos. Além disso, orelhas, cauda e postura corporal dos gatos podem indicar sentimentos como medo, raiva, felicidade e submissão.O humor deles pode ser compreendido pelo movimento dos rabos, os pelos eriçados, a posição das orelhas e dos bigodes. O ronronar do gato, por exemplo, pode indicar contentamento. Os gatos são animais que gostam de interagir com outros gatos e humanosA fama dos individualistas tem muito a ver com seus ancestrais que, na natureza, eram animais solitários. Eles podem formar laços de amizade com outros animais e demonstrar afeto aos seus donos. Se tiverem experiências positivas no começo da vida, provavelmente vão gostar mais de humanos. No entanto, cada gato tem uma personalidade única e algumas raças podem ser mais sociáveis do que outras. São capazes de saltar grandes distânciasOs gatos têm um senso aguçado de equilíbrio e coordenação, o que permite saltar grandes distâncias e pousar com segurança. Eles têm uma habilidade natural para escalar, correr, saltar e se equilibrar em superfícies estreitas. Isso ajuda a explicar como os gatos são capazes de se mover com tanta agilidade. Os gatos têm um ronronar reconfortante que pode ser terapêuticoOs gatos têm uma habilidade única de ronronar, que pode ser terapêutico tanto para eles quanto para seus tutores. O ronronar pode ser um sinal de felicidade, conforto ou contentamento. Além disso, pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade em humanos e animais, além de ajudar no processo de cicatrização. Gostam de rotinaTudo que saia fora da rotina previsível do bichano pode estressá-lo, por isso, é papel do tutor evitar que mudanças ocorram de uma hora para outra. Eles são seres sensíveis quando o assunto é comportamento, podendo, o estresse, gerar diretamente problemas físicos nesses animais. 3 mentiras que já te contaram sobre os gatos Os gatos têm sete vidasEssa é uma das mentiras mais populares sobre os gatos. Na realidade, os gatos têm apenas uma vida, como todos os outros animais. A origem dessa crença é incerta, mas algumas pessoas acreditam que se originou da habilidade dos gatos em sobreviver a quedas de grandes alturas, graças ao seu reflexo de endireitamento e sua capacidade de absorver o impacto. Mas, mesmo assim, as quedas podem ser fatais e podem resultar em lesões graves. Por isso, é tão importante colocar telas de proteção em varandas e janelas. Precisam ter acesso à ruaA mentira de que o gato domiciliado deve manter seu hábito de ir para as ruas ainda está enraizada em muitos lares brasileiros. O acesso à rua pode prejudicar e muito a saúde do gato. Mantendo-os dentro de casa, evitamos a disseminação de doenças, como do vírus da imunodeficiência felina (FIV) e do vírus da leucemia felina (FeLV). Além de envenenamentos, atropelamentos e outros diversos tipos de traumas. Um ambiente adaptado para o gato, para que ele possa expressar seu comportamento natural é o que ele precisa. São preguiçosos e dormem o tempo todoEssa é um pouco enganosa. Embora seja verdade que os gatos gostam de dormir e podem passar até 16 horas por dia dormindo, eles também são animais ativos e brincalhões. Eles adoram brincar, explorar e caçar, e muitas vezes precisam de estímulo físico e mental para se manterem saudáveis e felizes. Gostou do post sobre os gatos? Não deixe de compartilhar!

10 verdades e 3 mitos sobre os gatos Read More »

Os cães sonham?

Ciência e filosofia se unem para tentar explicar o que vemos quando nossos cães dormem. Será que nossos cães sonham? Quando a minha Docinho era viva, presenciei vários episódios de pernas se mexendo freneticamente enquanto ela dormia, como se estivesse em uma corrida atrás de um bichinho no meio de um campo imenso. Dava para imaginar a cena, tamanho o vigor dos movimentos. Não é difícil imaginar, sabendo o que sabemos sobre os nossos pets, que eles realmente tenham uma mente infinitamente mais complexa do que se sabe. A pergunta é interessante: nossos cães sonham? Observando nossos cães O professor Marcos Frank, que estuda funções do sono em animais na Washington State University, viu isso acontecer com seus próprios cães. “Eles estão correndo, gemendo, latindo, e acordam sem saber exatamente onde estão,” disse ele. Eu via a mesma coisa, e percebia que quando ela acordava estava, sim, um pouco desorientada, porém calma, e voltava a dormir quase que imediatamente. Muitas vezes, um pouco aflita antes de fazer o que sempre faço – pesquisar sobre o assunto – acordei a Docinho delicadamente, para tentar avaliar o estado dela após uma atividade tão intensa. Nem todos os cães apresentam esses comportamentos de sono. Aqui, Docinho e Chico, meu Buldogue Francês mais novo, são os únicos. Antonia e Chérie, não. E são muito diferentes em termos do que se pode observar. Enquanto Docinho corria, Chico mexe as patas em contrações que parecem mais involuntárias, e faz uns barulhinhos com a boca como se estivesse mamando. Mas uma informação muito interessante: dos quatro filhos da Docinho, pelo menos dois faziam a mesma coisa. Isso pode sugerir que a genética tenha participação nas particularidades do funcionamento do cérebro? Talvez… Cães e o sono REM Contrações involuntárias dos músculos, chamadas de mioclonia, são comuns em humanos, e também em cães. Isso acontece mais frequentemente durante a fase REM do sono, quando também se observa movimentos rápidos dos olhos (REM significa rapid eye movement, ou movimento rápidos dos olhos) – a Docinho fazia isso. A fase REM é de intensa atividade cerebral, quando sonhamos os sonhos mais vívidos, e os cães tem bastante sono REM. De acordo com um estudo antigo, de 1977, das 24 horas do dia, os cães passam 12% do tempo em sono REM. Ou seja, muitas são as oportunidades de demonstrar esses comportamentos que sugerem que cães sonham. Para os humanos, o sono REM é o momento de consolidação de memórias, e há evidências de que seja assim também para os animais. Um estudo publicado em 2017 no jornal Scientific Reports descobriu que cães podem utilizar seus cochilos para reforçar memórias adquiridas enquanto acordados. Um novo comando de voz foi ensinado a um grupo de cães. Uma semana depois do treinamento inicial, animais que dormiam depois das sessões de treinamento conseguiam cumprir o comando com mais rapidez e facilidade do que aqueles que foram brincar após o treino. Isso sugere fortemente que o sono teve um papel importante na fixação da memória aprendida. Em resumo: cães que dormem bem aprendem mais! Isso vale para os humanos também… Ancestralidade e genética O mesmo é verdade para os ancestrais e primos dos cães. Marc Bekoff, professor de ecologia e biologia evolutiva da University of Colorado, em Boulder, e autor do livro Canine Confidential: Why Dogs Do What They Do, estudou o sono de lobos e coiotes, e detectou os mesmos padrões. Mais uma vez, a genética se apresenta como fator decisivo. Eu amo genética… O livro explora aquelas coisas que vemos nossos cães fazendo todos os dias, mas que nem sempre compreendemos. Explorando a ciência por trás da cognição e da emoção, Bekoff faz uma viagem pelo comportamento canino, e nos traz dicas de como tornar a vida dos nossos cães melhor e mais saudável do ponto de vista comportamental. Mas isso é assunto para um próximo post… A filosofia também se interessa pelo assunto O interesse no sono dos animais não é coisa nova. Há referências a isso em trabalhos de Aristóteles e alguns outros filósofos gregos. Sim, pois a filosofia também se interessa pelo assunto para tentar explicar porque vemos o que vemos no comportamento dos nossos cães, e assim conferimos a eles qualidades cada vez mais “humanas”. Já falei de humanização por aqui, vale conferir. Por isso, o conhecido filósofo David Peña-Guzmán está lançando o livro When Animals Dream: The Hidden World of Animal Consciousness. Na obra, Guzmán argumenta que a habilidade de sonhar aproxima cada vez mais os animais de seres sencientes, o que nos leva a discussões sobre ética, direitos, respeito e manejo. A mente em estado de sono acaba nos dando dicas valiosas do quanto se passa na cabeça dos animais, e do quanto eles são capazes de processar informações, emoções e sentimentos que só conseguem comunicar aos mais observadores – como nós. O livro será lançado pela Princeton University Press no mês de junho, e já está na minha lista de compras. Todas essas informações oriundas de experiências científicas e discussões filosóficas deixam cada vez mais claro aquilo que vai se arraigando mais e mais no nosso dia-a-dia: nossos pets são parte da família, são seres extraordinários e extremamente complexos, que merecem o melhor que tenhamos a oferecer. O melhor não é apenas brinquedos, comidas, experiências, cuidados. É principalmente nossa observação constante de suas necessidades básicas para que sejam física e mentalmente equilibrados, e por consequência mais felizes.

Os cães sonham? Read More »

Folia Pet: Cuidados para curtir o Carnaval com seu companheiro

Carnaval é sinônimo de muita alegria e animação, mas para os nossos amigos de quatro patas, pode ser uma época um pouco estressante. Com barulhos altos e movimentação intensa nas ruas, é preciso tomar alguns cuidados para garantir o bem-estar dos nossos companheiros peludos. Confira as dicas a seguir e curta a folia com seu pet sem preocupações! Não leve seu pet para os blocos de rua Por mais que seu pet adore estar ao seu lado, o barulho e a agitação dos blocos podem ser prejudiciais para a saúde dele. Procure deixá-lo em casa, em um ambiente tranquilo e seguro, com água e comida à disposição. Dessa forma, ele não ficará exposto a situações estressantes e você poderá curtir a festa sem preocupações. Cuidado com os confetes e serpentinas Se você vai usar adereços no Carnaval, tome cuidado para que seu pet não tenha acesso a eles. Confetes e serpentinas podem ser engolidos e causar obstruções intestinais, o que pode levar a complicações graves. Mantenha o material fora do alcance do seu companheiro peludo e, se possível, opte por adereços comestíveis, como biscoitos e petiscos. Fique atento às altas temperaturas O Carnaval costuma acontecer no verão, e as temperaturas podem ser bastante elevadas. Por isso, é importante garantir que seu pet tenha acesso a água fresca e sombra durante todo o dia. Além disso, evite passear com ele nos horários mais quentes do dia e fique atento a sinais de desidratação, como boca seca e olhos fundos. Identifique seu pet corretamente Durante o Carnaval, muitas pessoas saem de casa para curtir a festa e pode ser fácil perder de vista o seu pet. Para evitar que ele se perca, certifique-se de que ele esteja usando uma coleira de identificação com o seu nome e telefone. Além disso, mantenha-o sempre na guia durante os passeios para evitar que ele se afaste de você. Com esses cuidados simples, você e seu pet podem curtir a folia do Carnaval com muita animação e segurança. Lembre-se sempre de que a saúde e o bem-estar do seu companheiro peludo são prioridade, e aproveite a festa ao lado dele com muito amor e responsabilidade!

Folia Pet: Cuidados para curtir o Carnaval com seu companheiro Read More »

Rolar para cima